Dei pra revisitar memórias,
reviver loucuras,
rearrumar os móveis da casa,
revisar decisões e aparar arestas.
Súbito reavivei todos os sentimentos guardados a muito custo.
Tola, alimentei equívocos emocionais típicos
de quem acredita demasiadamente em reciprocidade.
Nada é constante,
tudo é irremediavelmente mutável.
Só o que permanece é o que já aconteceu,
é o que fica na memória que se quer preservar,
como o retrato de família na parede da sala, da velha casa,
de uma infância perdida no espaço atemporal e puramente emocional.
Preciso ultrapassar meus dias, minhas memórias,
meus temporais interiores.
Há muitas de mim, aqui no meu peito,
pouco espaço emocional, e uma infinidade de perspectivas.
Sonho o imaterial, incorporo o irreal
e crio a minha verdade:
há reparos irreparáveis.
Bom dia! Bjo!
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