Era uma vez uma folha de outono que flutuava pelo parque de Brasília.
As vezes parava em cima de de uma árvore, e ficava bem tranquila observando
os pedestres, mas quando parava no chão tinha que ficar atenta aos varredores.
Tinha um desejo: Parar em qualquer lugar e não ser incomodada.
Para se mover tinha sempre que pedir ajuda ao Vento, e as vezes
ele estava almoçando ou escovando os dentes.
Tinha que esperar o Vento acabar o que estava fazendo e torcer para
não terem passado por cima dela.
Vida difícil essa !
Assim ela sobrevivia, ao sabor do vento !
EMOCIONADA... Ao sabor do vento...
ResponderExcluirAbraços.
P.S.: Manoel, que apesar de não ser Bandeira, me impressionou. Continue a me indicar leituras. Achei os textos lúcidos... encorpados.
E vários foram os outonos em que folha tentou ser vento, poeira e sentimento. E na tentativa se ser o que nunca foi, reparou que a ausência do vento lhe tirava o movimento mas não a vida. Entendeu que era-lhe necessário o tempo, algumas arvores, diversos chãos para que retornasse a ser a folha de outono. E apesar de todas as primaveras, verões e invernos, folha continuava aguardando o seu outono, para esperar o vento. E entendeu que o vento era o único que lhe oportunizava ser, sem nenhum comprometimento. Seguindo seu caminho, seu instinto, folha segue ainda ao sabor do vento, embora somente em pensamento.
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ResponderExcluir29 de março de 2009 !!
ResponderExcluirAdoro esse texto! Vez em quando leio, releio! Adoro, muito... relendo!
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