Hoje, a candidatura brasileira resume-se a dois ou três nomes. E um deles, com certeza, é o do poeta Lêdo Ivo, que, em quase sete décadas de trabalho produtivo, oferece uma obra de respeito, como poderá comprovar quem vier a ler sua extensa Obra Completa (1940-2004), de 1099 páginas, publicada em 2004 pela editora Topbooks, do Rio de Janeiro, com estudo introdutório do poeta Ivan Junqueira. É de notar que, se Junqueira foi o último grande poeta-ensaísta, daqueles da estirpe de T.S.Eliot (1888-1965), a se ocupar da análise da obra de Lêdo Ivo, outros ensaístas de envergadura já o haviam feito, como Antonio Candido, Álvaro Lins (1912-1970), Jorge de Lima (1893-1953), Murilo Mendes (1901-1975), Wilson Martins, Fausto Cunha (1923-2004), Gilberto Mendonça Teles e, mais recentemente, Assis Brasil, autor de A trajetória poética de Lêdo Ivo: transgressão e modernidade, publicado pela Editora Universitária Candido Mendes (Educam), do Rio de Janeiro, em 2007, que constitui, ao mesmo tempo, um ensaio crítico e uma biografia.
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