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quinta-feira, 16 de julho de 2015

GUILHERME DE ALMEIDA (1890-1969)






Do Livro Sonetos de Guilherme de Almeida
publicado em parceria por :
Imprensa Oficial (ISBN 9788570605672) e
ABL (ISBN 9788574400969)


Soneto XVI

Se a gente soubesse, eu te dizia,
como os homens parecem tão pequenos
vistos do alto da nossa gelosia,
longe das dores e dos ais terrenos !

Se esta gente, que vai, soubesse ao menos
que na torre da nossa fantasia,
o amor, nos dias turvos ou serenos,
é o teu pão e o meu pão e cada dia !

Se esta gente soubesse ! Às vezes ouço
dizer. "Ela é tão linda ! Ele é tão moço !
O que há de ser aquela água-furtada ?! "

Se soubesse! - pensávamos. Contudo,
essa gente, que vai, sabe de tudo:
nós é que vamos sem saber de nada !



2 comentários:

  1. Se soubessemos,séria a vida mais fácil...
    Não aprenderiamos.Para que,se já saberiamos?
    Qual séria o sentido?
    Se nada haveria de saber?
    Melhor não sabermos nada,mas...
    achando saber de tudo!

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