AS CARTAS (4/4)
Há as que [não] são nossas
e chegaram por engano num dia de Inverno
e as que, dormindo, achamos sobre o colo,
como um ramo selvagem que trouxéssemos da serra.
E há também as que não foram escritas,
as que esperamos sempre e não virão jamais,
as que existem apenas em silêncio,
mas cujas palavras, ai de nós, sentimos reais
como envenenada música em nosso próprio sangue ...
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