De todas as formas de viver e conviver,
buscamos sempre aquela que nos dá mais prazer.
Entretanto este prazer é volátil demais.
E então ficamos com a impressão sempre errada,
pra não dizer indefinida,
que estamos em estado de eterna insatisfação.
Desejamos o que sequer entendemos,
procuramos pelo que nunca perdemos,
e nos encontramos novamente perdidos nessa necessidade
de encontrarmos o prazer incomensurável do convívio necessário,
para vivermos plenamente o que somos.
Nesse caminho de encontros e desencontros,
nos aproximamos de nos mesmos,
e sempre, ao final nos percebemos diferentes do que fomos,
melhores do que nos propusermos ser, mas ainda, insatisfeitos.
Provavelmente, é essa insatisfação, que nos remete à vida.
Hoje me encontro aparando arestas, remendando esforços,
revivendo escolhas e acima de tudo,
aprendendo a ser inteiramente controversa.
Quero todos os momentos e momento algum,
penso todas as escolhas e caminho algum.
Posso e quero, mas ao lançar-me nos caminhos que escolho,
retrocedo e recolho em mim toda a necessidade
que tenho de sentir-me assim... completamente controversa.
<3
ResponderExcluirSentimentos líquidos, resultados de relações não menos líquidas... pensamento bem ao modo de Sygmunt Bauman...
ResponderExcluirBelo texto!
Abraço