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quinta-feira, 30 de abril de 2015

SIMONE 25


Por vezes reconhecemo-nos nos outros. Passamos dias, horas ou variados momentos com pessoas diversas, numa distância emocional tamanha que sequer as conhecemos, apesar de diversas vezes tê-las encontrado.
E hoje me deparei com essa estranha sensação, de visualizar o outro sem vê-lo. De repente, por algum gesto, palavra ou sensação, vem o reconhecer-se no outro, não é identificação não, pois esta é imediata, e momentânea. Falo dessa sensação de que em algum momento, estivemos conectados a pessoas que convivemos, sem dar a devida atenção.
Quando parto da convicção pessoal, que nada é por acaso, e mais ainda que pessoas não se encontram sem uma razão maior, observar o efeito que o outro (ou outros) causa em mim, me deixou extasiada e perplexa.
Extasiada porque gosto da sensação de ser surpreendida pelo cotidianamente vivido e ignorado. Perplexa por não me permitir sempre esta sensação. Acho que acabo me boicotando, assim sem querer, pois poucas pessoas têm o prazer como eu tenho, de compartilhar-se.
E agora percebo o grande sentido na convivência com o outro, seja emocional, profissional ou ocasional, que é quando compartilhamos, e não importa o quê, mas tão somente o compartilhar.
Estou difusa hoje, mas não confusa. Eis meu contrassenso, ou seria dissenso? Ainda não defini.

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