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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Aline Herminelgido de Oliveira. 17 anos.



Cabeças Ambulantes. Mais um dia normal, numa cidade massificada por cabeças ambulantes, em geral, uma pedra preciosa em meio às cabeças alienadas. A paisagem cinza lá fora, mostra o tempo nublado, mas a menina em si não perde a esperança de ver o sol, olha para o interior do veículo, todos absortos em seus celulares, cada um no seu próprio mundinho. Cabeças ambulantes, olhos vidrados nos celulares, alguns com fones de ouvidos, outros conversando on-line com colegas virtuais. Serão mesmo colegas? Quem saberá? Só a vida dirá! A menina volta os olhos para o céu, a única sem celular, talvez por coincidência da vida, talvez, por condições financeiras, porém a menina não liga, prefere os livros que a leva a outro lugar, um lugar mágico, sem indiferença, hostilidade, individualismo e crueldade. A pedra preciosa faz uma prece olhando para o céu, deseja que o dia seja mais uma vez abençoado, repleto de alegria e sem cabeças ambulantes. Ou simplesmente o surgir do sol e talvez não ser mais uma cabeça ambulante circulando por aí.

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