A Literatura Mary estava sentada em uma mesa próxima à janela e pensando sobre uma tarde qualquer neste mesmo lugar, quando ela e uma amiga estiveram na cafeteria, sentaram em uma mesa, eufóricas como se não se vissem há meses, até mesmo anos. A garçonete sai da cozinha carregando um bolinho coberto de chantilly, e em cima do qual se apresentam duas velinhas acesas, uma com o número um e a outra com o número nove. Ela vai em direção às garotas, coloca o bolinho em cima da mesa e dá para notar que a garota ruiva, derramando lágrimas, olha para a outra e diz: - Você lembrou! Foi a única. - Claro, você achou que eu esqueceria? - Não. Ela apaga a velinha, levanta e abraça a amiga que acrescenta: - Trouxe um presente também, e acho que você não vai gostar. Pega a bolsa, abre, dela tira um embrulho que entrega à sua amiga aniversariante. Esta, com cuidado, abre o pacote e, na hora que vê o que é, disfarçando sua decepção, exclama: - Um livro?! - Sim um livro, eu sabia que você não iria gostar, mas mesmo assim eu quis lhe dar, pois este livro,” A Seleção”, mudou minha vida, com ele aprendi a gostar de ler, aprendi a passar por vários problemas e melhorar a forma de me expressar, por isso gostaria que você o lesse. Lembro que na escola, quando eu pedia para você ler, você falava que preferia ser torturada do que ficar perdida em letras. - Eu gostei do presente, só não esperava por isso, acredito sim que a leitura muda o jeito de falar das pessoas. Lembro que na escola você lia um livro por dia, e eu não lia nem um no ano e, quando as professoras perguntavam alguma coisa, eu ficava acanhada porque sabia explicar, mas ninguém entendia e então você explicava com o vocabulário diferente e conseguia se fazer entender super bem. Na verdade é assim até hoje né?! - não é, nós duas mudamos! Então, você vai ler, né? - Humm.... não sei. - Nem vem com “não sei” , “estou muito ocupada”, “não vai dar”, “nenhum dá certo comigo”... - Está bem, vou ler. - Depois me conta o que achou, agora tenho que ir está bem? Meu voo é às 6h00. - Sim, vem me visitar mais. Se despediram. Depois que a amiga foi embora, não demorou muito para ir também. Mary se recordava de tudo aquilo quieta, quando seu telefone toca. - Mary, amei o livro que me deu! Mary, olhando para a rua, sorri.
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sábado, 5 de novembro de 2016
Mary Hellen Pereira Soler dos Santos, 15 anos.
A Literatura Mary estava sentada em uma mesa próxima à janela e pensando sobre uma tarde qualquer neste mesmo lugar, quando ela e uma amiga estiveram na cafeteria, sentaram em uma mesa, eufóricas como se não se vissem há meses, até mesmo anos. A garçonete sai da cozinha carregando um bolinho coberto de chantilly, e em cima do qual se apresentam duas velinhas acesas, uma com o número um e a outra com o número nove. Ela vai em direção às garotas, coloca o bolinho em cima da mesa e dá para notar que a garota ruiva, derramando lágrimas, olha para a outra e diz: - Você lembrou! Foi a única. - Claro, você achou que eu esqueceria? - Não. Ela apaga a velinha, levanta e abraça a amiga que acrescenta: - Trouxe um presente também, e acho que você não vai gostar. Pega a bolsa, abre, dela tira um embrulho que entrega à sua amiga aniversariante. Esta, com cuidado, abre o pacote e, na hora que vê o que é, disfarçando sua decepção, exclama: - Um livro?! - Sim um livro, eu sabia que você não iria gostar, mas mesmo assim eu quis lhe dar, pois este livro,” A Seleção”, mudou minha vida, com ele aprendi a gostar de ler, aprendi a passar por vários problemas e melhorar a forma de me expressar, por isso gostaria que você o lesse. Lembro que na escola, quando eu pedia para você ler, você falava que preferia ser torturada do que ficar perdida em letras. - Eu gostei do presente, só não esperava por isso, acredito sim que a leitura muda o jeito de falar das pessoas. Lembro que na escola você lia um livro por dia, e eu não lia nem um no ano e, quando as professoras perguntavam alguma coisa, eu ficava acanhada porque sabia explicar, mas ninguém entendia e então você explicava com o vocabulário diferente e conseguia se fazer entender super bem. Na verdade é assim até hoje né?! - não é, nós duas mudamos! Então, você vai ler, né? - Humm.... não sei. - Nem vem com “não sei” , “estou muito ocupada”, “não vai dar”, “nenhum dá certo comigo”... - Está bem, vou ler. - Depois me conta o que achou, agora tenho que ir está bem? Meu voo é às 6h00. - Sim, vem me visitar mais. Se despediram. Depois que a amiga foi embora, não demorou muito para ir também. Mary se recordava de tudo aquilo quieta, quando seu telefone toca. - Mary, amei o livro que me deu! Mary, olhando para a rua, sorri.
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