Vanessa viajou ao mundo dos pássaros e amou. Viajou protegida em celeste pássaro e amou. E Vanessa cantou aos pássaros a melodia dos homens em sua verdade e condição de simples ser. E cantou-a a Ben, o pássaro. Pediu desculpas em sua impotência de se libertar dos terrenos lugares e esquinas de luz e medos. E Ben seguiu voando e escutando, que feliz e triste seu olhar de lágrimas, que força o agarrava nas asas de sua incerteza. E repetiu a canção!
Na terra quente e na terra fria, nos dias de chuva ou calor sem fim, caminhavam protegidas as pessoas, todas as pessoas, as boas e as fracas, as grandes e as perdidas, braços bem abertos e olhares sem medos, amando seus horizontes de coisas de dor e tristeza, de sonho e paixão, cuidando-se sem asas em dias de rotinas e desenhos mesmos, e por isso os pássaros não caminhavam, porque quando os pássaros caminhavam faltavam-lhes os braços abertos, caminhavam presos e tristes, porque aí se perdiam na liberdade imensa dos dias de batalhas mil.