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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Paolo Conte - Max [Live Arena di Verona - 2005]

COMEÇO EM COLOCAR ALGUNS VIDEOS QUE ACHO INTERESSANTES. SE GOSTAREM AVISEM, SE NÃO AVISEM TAMBEM PARA QUE EU POSSA ME APRIMORAR. OBRIGADO.

terça-feira, 26 de maio de 2009

TEATRO


Fiquei idealizando uma peça de teatro a moda Nelson Rodrigues em Brasília. 
Imaginemos as possíveis personagens....
1. O Ministro de Estado (pode ser qualquer pasta, desde que se possa brincar um pouco).
2. O Concurseiro (em quase todas as famílias existe alguém estudando para algum concurso).
3. A filha do Embaixador (uma mais bonita, outra menos bonita)
4. O motorista e a empregada (podem ser casados, ou estarem namorando).
5. A moça da banca de jornal (aqui praticamente em cada quadra tem uma).
Para ficar um enredo bem interessante, todos moram no mesmo bloco da quadra 102 Sul.
Se ocorrer mais alguma personagem para algum leitor, desde já agradeço a contribuição.


sábado, 23 de maio de 2009

A ARVORE DIFERENTE - PARTE 2


O tempo passou e Alexandra cresceu. Agora desenhava árvores de tudo que tipo, uma mais bonita que a outra. Continuava frequentando o Parque da Macieira.

Poucos se lembravam da árvore diferente. Agora tinha televisão, cinema, computadores e quase ninguém tinha tempo para parque, quanto mais para árvores.
Alexandra desenhava árvores sorrindo e árvores chorando.
Um belo dia apareceu Alexandre que tinha mudado recentemente para aquela cidade, e tinha ouvido falar de uma lenda de uma árvore Diferente. Estava curioso para conhecer de perto aquela história que parecia sair de um conto de fadas.
Será que existiria mesmo, ou seria apenas mais uma lenda que contam por aí.
Alexandre entrou no parque procurando alguma placa com alguma indicacão, mas não encontrou nenhuma. Continuou procurando até que viu uma moça desenhando Orquídeas, foi se aproximando e perguntou para ela:
-Oi, tudo bem ? Conhece uma árvore que tem por aqui e que dizem ser diferente ?
- Tudo ótimo ! Aqui todas as árvores são diferentes !
- É mesmo ? Tem uma lenda de uma árvore única aqui nesse Parque, você conhece ?
- Ah ! Lembrei, acho que você está falando da velha Macieira . Mas agora ela não dá mais nenhuma maça. Ficou velha. Ninguém quer saber mais dela. Agora a moda são as Orquídeas.
Estão até pensando em mudar o nome para Parque da Orquídeas.
- Eu sou novo aqui, acabei de mudar. Como é seu nome ?
- Alexandra, e o seu ?
- Alexandre, muito prazer !
- Você se lembra onde fica essa arvore diferente ?
- Claro que sim, brincava muito com ela, quando era criança.
- Então você pode me levar lá ?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

JUVENAL - PARTE 3


Aquela história do Juvenal começava a ficar famosa. Logo apareceu Corradino, um novo amigo que sabia de um lugar que vendia motos antigas. Chamaram o Giuseppe e lá foram os três procurar uma moto usada, barata e bem conservada. 
Logo que entraram na loja Juvenal reparou numa moto num canto parecia uma MP-5, tinha visto numa revista uma moto bem parecida. Lembrava do nome "Paperino" e do ano 1945. 
Depois de tanto tempo será que ainda funcionaria ? 
- Companheiro, e aquela moto lá no canto ?
- Aquela é o xodó do chefe !
- Isso significa que não é para ser vendida ?
- O chefe falou que aquela moto é muito especial.
- Como assim ?
- Disse que o comprador dela ia aparecer hoje ! Mas como ainda estamos na parte da manhã, não pense que seja voce, né ?
- Por que não ?

terça-feira, 19 de maio de 2009

1) COM QUE LIVRO EU COMEÇO ?


Tenho participado de algumas Feiras Literárias e realizado algumas Palestras.
Constato que a famosa pergunta é mais comum do que pensamos. 
Acrescento um depoimento pessoal. 
Quando eu fazia essa pergunta, o meu coração ficava pequenininho, consigo imaginar bem o que alguém pode sentir com essa pergunta tão emblemática.
Temos que tomar muito cuidado com a resposta, pois poderá ser estimulante ou não.
Indico sempre a compra de um livro leve, um livro fino. 
O livro precisa nos estimular de alguma forma, seja uma frase, uma ilustração, uma capa, uma editora, um autor. Um bom estímulo é seguir a nossa intuição. 
O bolso também é um bom conselheiro, hoje existem inúmeras possibilidades de preços bons em livros, vale uma pesquisa, e até uma ida a um sebo.
Lembrando que existem as Bibliotecas !!! 
Se preferir ainda existem os sites para baixar os livros de forma gratuita.

www.dominiopublico.gov.br

domingo, 17 de maio de 2009

NELSON RODRIGUES (1912-1980)


.....
6) Hoje, o brasileiro é um povo que cumprimenta pouco. Outrora, não. O Brasil de 1919 cumprimentava como nenhum outro país. O sujeito tirava o chapéu para todo mundo. Igreja, enterro, casamento, tudo era saudado. Em nossos dias, o brasileiro é um ser crispado de solidão. Cada um leva no peito uma sensação de orfandade. Cabe então a pergunta: - e por quê ?

7) Bem. Os motivos, os fatores, são inumeráveis. Primeiro:-já não temos o instrumento da reverência, que é o chapéu. Começa aí a morte de nossa cordialidade. Quando passamos pelo nosso semelhante fazemos, no máximo, a concessão de um "oba", de um "olá". E vamos e venhamos:- "oba" é um vago, direi mesmo, um torpe som. Ah, somos solitários porque cumprimentamos menos.
.....

O Globo, 22/jan/1968.
O óbvio ululante: As primeiras confissões.
Editora Agir, 2007 
ISBN 978-85-22-00733-2

sábado, 16 de maio de 2009

PRÊMIO NOBEL


É fundamental conhecermos o que acontece no mundo que nos cerca.
O Prêmio máximo em Literatura é conferido pela Fundação Nobel desde 1901, e nada como conhecer um desses escritores, que por muitos méritos, conquistaram a tão prestigiosa indicação anual. 
Alguém poderá argumentar que não entende inglês, francês, alemão, japonês ou qualquer outro idioma.
Mas garanto que pode entender perfeitamente o português do 
José Saramago (1998), 
e com algum esforço o espanhol de :
Octavio Paz (1990)
Camilo José Cela (1989)
Gabriel Garcia Marquez (1982)
Vicente Aleixandre (1977)
Pablo Neruda (1971)
Miguel Angel Asturias (1967)
Juan Ramon Jimenez (1956)
Gabriela Mistral (1945)
Jacinto Benavente (1922)
José Echegaray (1904)
Portanto passem pelo site do Nobel e realizem uma ótima alimentação Literária.



quinta-feira, 14 de maio de 2009

SER ESCRITOR, SER ESCRITORA


Todos que conseguimos escrever, de uma forma ou de outra, podemos nos considerar autores. 
Uma frase, um pensamento, uma idéia desde que esteja escrito define uma autoria, não um escritor. 
Então quando nos tornamos escritores ?
A medida que ganhamos o reconhecimento do outro. 
E como se consegue isso ?
Primeiro fazendo com que nossos escritos sejam lidos por mais de uma pessoa. Certo de que não iremos agradar a todos (felizmente), e isso faz com que nossa capacidade de se comunicar melhore. Isso pode ser mais um estímulo para o amadurecimento do processo criativo e de comunicação para com os outros. 
O que adianta escrever se não conseguimos ser compreendidos ?
Importante não confundir compreensão com concordância !
Fundamental compreender a idéia para na sequência concordar com ela ou não. 
Nada mais salutar do que um diálogo, desde que inteligível. E se for por escrito, melhor ainda, pois mais pessoas podem agregar mais conhecimentos durante maior período de tempo.
Portanto quem quiser se tornar escritor, é fundamental a existência de escritos e de leitores (não confundir com eleitores).
Então comecemos !!!!!
Mãos a Obra !!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

GENIVALDO - PARTE 1


Genivaldo mudou para Brasília, queria viver na Capital Federal. Comentavam que era o verdadeiro Oasis, uma das poucas cidades do País onde a Justiça funcionava de forma célere, onde o Código do Consumidor funcionava de forma impecável. 
Onde existia um Congresso que fazia Leis cada vez melhores para a Nação Brasileira.
Lá foi ele com todas essas certezas rumo ao Paraíso.
Desceu na Rodoviária que lá chamam de Rodoferroviária, imaginou até que iria pegar um trem ou algo parecido. Lá chegando descobriu duas opções: Taxi ou Onibus,
-Quanto é a corrida até um Hotel ?
-Depende qual o senhor quer .
-Eu quero um Hotel bom, só para dormir.
-Tem o Residencial Morato, que é considerado muito bom !
-Vou confiar na sua opinião, então vamos para lá.

terça-feira, 12 de maio de 2009

JUVENAL - PARTE 2


Resolveu economizar na passagem do onibus. Lembrou do amigo Giuseppe que trabalhava bem próximo do trabalho dele, assim sendo foi tentar conseguir uma carona. 
Giuseppe conhecia o sonho do Juvenal, e logo concordou em ajudar no que fosse possível.
Juvenal, agora conseguia juntar R$ 4,50 (quatro reais e cinquenta centavos) todo dia, no final do mês eram 90 reais. Decidiu fazer um consórcio de uma moto. Parecia um sonho sendo conquistado a prestações....
Paciência !!!
Era o melhor que ele tinha conseguido.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

FOLHA DE OUTONO - PARTE 2


A curiosidade é que Vento também estava cansado de soprar por aí, queria deitar numa rede Baiana ou Cuiabana. Se pudesse trocava de lugar com folha de Outono.
Quando Folha soube daquele pensamento, propôs ao Vento viajarem juntos. Poderiam conhecer a Bahia e o Mato Grosso. 
Vento achou a idéia genial e foi logo arrumar as malas, Folha também.
E a primeira dúvida: 
Começariam por onde ?
Salvador ou Cuiabá ?
Decidiram no par ou ímpar e partiram rapidamente.
Não queriam perder um segundo para iniciar aquela viajem.
Destino ?
Cuiaba !!!!

domingo, 10 de maio de 2009

A VIAGEM - PARTE 3


Toda noite mais e mais pessoas vinham ouvir Giovanni e Dante, era como se fosse uma esperança no novo mundo, apesar do mesmo Dante afirmar: Deixem toda esperança, vocês que entram. 
Lasciate ogni speranza, voi ch'intrate, canto III, 9.
Aquela viagem incrivelmente ganhava mais um passageiro, Dante revivido pela leitura de Giovanni.
Alguns passavam o dia tentando relembrar os trechos citados na noite anterior e agora traziam pedaços de jornal usado e pediam para o Pedro e Vitoria copiarem os Cantos do Dante, e eles pegavam o que encontravam para escrever, eram lápis quebrados e canetas com a tinta quase falhando para transcrever o que fosse possível. 
Que viagem !!!

sábado, 9 de maio de 2009

JUVENAL - PARTE 1


Juvenal tinha uma enorme vontade de comprar uma moto, sentia que teria recuperada toda a liberdade que estava reprimida na vida dele. Poderia colocar combustível e sair por aí sem hora de partir nem hora de chegar.
Só tinha um pequeno probleminha. 
Juvenal não tinha nenhum dinheiro sobrando para conquistar aquela forma tão almejada de viver a liberdade. 
Pensou por onde começaria a economizar,é difícil mesmo, está pensando até agora.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A VIAGEM - PARTE 2


Giovanni, o nosso Italiano, conseguiu embarcar em 1950 rumo ao Brasil. Levava uma pequena mala e um pequeno livro, a Divina Comédia. 
Nel mezzo del cammin di nostra vita... 
Nunca imaginou que aquela frase escrita em 1321 teria alguma relação com a vida dele, e lá estava ele no meio do Mediterrâneo e logo em seguida no meio do Atlântico.
Viajaria na parte externa do navio, apreciando a paisagem desconhecida e fazendo uma economia silenciosa. No convés percebeu que todos tinham tido a mesma idéia. 
Nas conversas conheceu uma família com dois filhos Pedro com 10 anos e Vitoria com 13. 
Duas crianças assustadas com a travessia e ao mesmo tempo curiosas de saber o que aconteceria no dia seguinte. Logo que descobriram o livro  pediram para Giovanni ler em voz alta o que estava escrito e a partir daí toda noite se reuniam para ouvir a poesia do Dante.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A VIAGEM - HOMENAGEM A "LAGUARDIA"


Era uma vez um imigrante Italiano, não tinha mais emprego precisava escolher entre três países para procurar um novo emprego: Austrália, Canada e Brasil.
Precisava decidir naquele domingo, se pudesse pegaria o navio na mesma semana. Sabia falar um pouco de francês, mas em se tratando de inglês o conhecimento era esparso, para não dizer nulo. Só restava uma opção idiomática: Brasil.
Diziam que tinham muitos Italianos em São Paulo, faria amizade e parece que estavam precisando de trabalhadores na Industria e na Agricultura. Em algum lugar encontraria uma forma de sobreviver.
Foi na Embaixada Brasileira e pegou algumas informações. A viagem demorava mais ou menos um mês, seria o primeiro encontro dele com o Mar e um Navio, não sabia de qual sentia mais medo. Logo logo descobriria.... 

segunda-feira, 4 de maio de 2009

VESTIDOS - PARTE 2/3


O terceiro ela ganhou do namorado quando tinha 20 anos, e deixava de usar para não gasta-lo. Na época não sabia se cuidava mais do vestido ou do namorado. Assim eram as dúvidas de algumas moças.
O tempo passou e Rosangela cansou de todos os vestidos, agora queria uma cor diferente, tinha ouvido falar numa tal cor de Marmelo, e achava que pelo nome deveria ser uma cor boa de se usar.
Porém onde encontrar um vestido cor de Marmelo ?
A mãe lembrou que tinha a costureira Janaina que morava no final da rua, resolveram ir até lá ver se ela tinha alguma linha cor de Marmelo.
-Amarelo ? Claro já fiz muitos vestidos Amarelos- falou Janaína.
-Queremos Marmelo, não Amarelo !

sexta-feira, 1 de maio de 2009

ALCEU AMOROSO LIMA - (1893-1983)


"que o Brasil se formara às avessas, começara pelo fim. 
Tivera Coroa, antes de ter Povo. 
Tivera parlamentarismo, antes de ter eleições. 
Tivera escolas superiores, antes de ter educação popular. 
Tivera bancos antes de ter economias. 
Tivera artistas antes de ter arte. 
Tivera conceito exterior, antes de ter consciência interna. 
Fizera empréstimos, antes de ter riqueza consolidada. 
Aspirara a potência mundial, antes de ter a paz e aforça interior."

LIMA,A.A. Política e letras, in Vicente Licínio Cardoso (org.), À margem da história da República, tomo II. Brasília: Câmara dos Deputados e Editora Universidade de Brasília, 1981, p.51

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alceu_Amoroso_Lima

VESTIDOS - PARTE 1 - HOMENAGEM A TATI


Rosangela tinha três vestidos. Um com bolinhas brancas, outro com  florzinhas amarelas, e o último com um vermelho inesquecível, lembrava o batom que ela usava sempre que tinha uma festa.
O primeiro presente ganhou da mãe quando tinha 10 anos. 
Sempre que tinha uma comemoração, lá estava ela e ele, corria e pulava até o último minuto, quando infelizmente o pai chamava para ir embora, era aquela tristeza total, mas obedecia para poder sair com ele outras vezes.
Foi sua primeira paixão, se deixassem iria para o colégio com ele. Ficava preocupada quando lavavam o vestido, tinha medo dele perder as bolinhas, sempre procurava as bolinhas, que felizmente permaneciam lá, talvez não mais tão amarelas.
O segundo ela ganhou do Pai quando tinha 15 anos. Ele adorava flores amarelas, procurou um vestido que tivesse algumas flores amarelas, e presenteou Rosangela que ficou muito feliz. Depois daquele vestido começou a cultivar flores amarelas no quintal da casa dela.