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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ANTONIO MACHADO TRADUZIDO POR MARIA TERESA PINA



Cantares (Antonio Machado)

Nunca persegui a glória
nem deixar na memória
dos homens minha canção
eu amo os mundos sutis
leves e gentis,
como bolhas de sabão


Gosto de ver-los pintar-se
de sol e grená, voar
abaixo o céu azul, tremer
subitamente e quebrar-se…


Nunca persegui a glória
Caminhante, são tuas pegadas
o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar


Ao andar se faz caminho
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se há de voltar a pisar


Caminhante não há caminho
senão há marcas no mar…


Faz algum tempo neste lugar
onde hoje os bosques se vestem de espinhos
se ouviu a voz de um poeta gritar
“Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar”…


Golpe a golpe, verso a verso…
Morreu o poeta longe do lar
cobre-lhe o pó de um país vizinho.
Ao afastar-se lhe viram chorar
“Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar…”


Golpe a golpe, verso a verso…
Quando o pintassilgo não pode cantar.
Quando o poeta é um peregrino.
Quando de nada nos serve rezar.
“Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar…”


Golpe a golpe, verso a verso.
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)


Cantares




Antonio Machado





Todo pasa y todo queda,



pero lo nuestro es pasar,



pasar haciendo caminos,



caminos sobre el mar.





Nunca persequí la gloria,



ni dejar en la memoria

de los hombres mi canción;

yo amo los mundos sutiles,

ingrávidos y gentiles,

como pompas de jabón.


Me gusta verlos pintarse

de sol y grana, volar

bajo el cielo azul, temblar

súbitamente y quebrarse…

Nunca perseguí la gloria.

Caminante, son tus huellas

el camino y nada más;

caminante, no hay camino,

se hace camino al andar.


Al andar se hace camino

y al volver la vista atrás

se ve la senda que nunca

se ha de volver a pisar.


Caminante no hay camino

sino estelas en la mar…


Hace algún tiempo en ese lugar

donde hoy los bosques se visten de espinos

se oyó la voz de un poeta gritar

“Caminante no hay camino,

se hace camino al andar…”

Golpe a golpe, verso a verso…

Murió el poeta lejos del hogar.

Le cubre el polvo de un país vecino.

Al alejarse le vieron llorar.

“Caminante no hay camino,

se hace camino al andar…”

Golpe a golpe, verso a verso…

Cuando el jilguero no puede cantar.

Cuando el poeta es un peregrino,

cuando de nada nos sirve rezar.

“Caminante no hay camino,

se hace camino al andar…”

Golpe a golpe, verso a verso.

FONTE :  BLOG
http://blogs.utopia.org.br/poesialatina/cantares-antonio-machado/

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

sábado, 16 de setembro de 2017

Books 4/2017





32.
Umberto Eco
Histórias das terras e lugares lendários
Record  

33.
Margarida Patriota
Laminário
Sete Letras
Viveiros de Castro Editora

34.
Nelson Rodrigues
O casamento 
Editora Nova Fronteira 

35.
Ana Maria Machado
Sinais do Mar
Editora Gaia 

36.
Ivo Barroso 
A Carta de Pero Vaz de Caminha
Sesi- Sp editora 

37.
Quintus Tullius Cicero
Commetariolum Petitionis
How to Win an Election
Translated by Philip Freeman
Princeton University Press

38.
Matsuo Bashô
O Eremita viajante
Obra completa 
Assírio & Alvim

39.
Cesare
La Guerra Gallica
Introduzione Ettore Barelli
Traduzione Fausto Brindesi
Classici greci e latini
BUR Rizzoli 

40.
Richard Lourie
Putin, his downfall and
Russia's coming crash
Thomas Dunne Books

41.
Belinda Thomson
I dipinti di Van Gogh
Van Gogh Museum

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

PASSARINHO ME CONTOU...


Que a Vida é Maravilhosa !!!!
Que voamos muito pouco...
Que esquecemos de apreciar a Natureza...
Que reclamamos muito...
Que raramente ouvimos os Pássaros !!!