Que poções eu bebi de pranto de Sereia,
Saído de alambiques torpes no interior ?
Dei esperança ao medo e com este mediquei-a,
E perdi ao pensar que eu era o vencedor !
Que erros não cometeu meu pobre coração
Ao se julgar mais do que nunca abençoado ?
No delírio febril de minha confusão,
Como desorbitei o olhar convulsionado !
Benefício do mal ! Agora persuadido,
Bem sei que o mal melhora ainda o que é melhor:
E um amor arruinado, ao ser reconstruído,
Surge muito mais belo, e sólido, e maior.
Ao meu contentamento assim volto advertido,
E ganho pelo mal o triplo do expendido.