Ser amigo da Lucília é a grande oportunidade de ver como a nossa Vida pode ser mais doce. Conviver com ela é uma benção de Deus.
Filha queridissima !
Mãe por excelência !
Avó extraordinária !
Filha, Mãe e Avó que todos queriam ter !
Lucília, Seja bem vinda !!!!
E agora sintam o prazer de ler uma crônica dela.
A paixão pela leitura
Sempre me perguntam como eu me transformei numa leitora voraz. Desde que aprendi a ler, descobri as histórias em quadrinhos: Mickey, Tio Patinhas, Pato Donald, Luluzinha, Lili, Bolinha...Quando fiquei mocinha descobri as fotonovelas, que na época eram importadas da Itália e traduzidas. Baseavam-se em clássicos da literatura universal: Os miseráveis, Pimpinela Escarlate. Depois passei a ler os contos de amor que eram vendidos nas bancas de jornal.
Assim, a minha competência em leitura foi ficando muito desenvolvida, pois eu podia ficar horas envolvida naquelas histórias. Passei a ler muito rápido e com estratégias de compreensão bem desenvolvidas.
Quando cheguei à 5ª série (antigo ginásio), um professor de português passou a exigir a leitura de livros de literatura. Aí eu descobri que aqueles contos de amor que eu estava lendo obedeciam a uma fórmula muito pobre: moça seduzida e abandonada descobre um amor verdadeiro e é feliz para sempre. Só mudavam os nomes e os cenários , mas o enredo era sempre o mesmo.
O primeiro livro de literatura que eu li foi Clarissa, de Érico Veríssimo. Que maravilha! Tudo diferente daqueles contos banais. Era a vida e a emoção saltando das páginas do livro. Nunca mais parei de ler tudo o que tinha em casa: José de Alencar, Machado de Assis, Taunay...
Quando cheguei ao ensino médio (antigo Normal), escrevi uma redação em que meus tumultos interiores de adolescente ficavam muito evidentes. Minha professora devolveu o texto com o seguinte poema de Cecília Meireles:
4º motivo da rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida ,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Nesse momento eu descobri que a poesia pode salvar uma vida.