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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Paul Auster - Nômade


Nômade -
até lugar-nenhum, brotando
da prisão de tua boca, tornar-se
o onde estás: lês 
a fábula
que foi escrita nos olhos
dos dados: (era
palavra-meteoro, rabiscada pela luz
entre nós, e nós, contudo, no fim,
não tínhamos provas, não
podíamos produzir
a pedra). O dado-e-o-dado
possuem agora teu nome. Como quem diz
que onde quer que estejas
Está o deserto contigo. Como se,
onde quer que te movas, seja
novo o deserto,
e se mova contigo.

(Tradução de Caetano W. Galindo)

Pág 111 do livro
Paul Auster [ todos os poemas ]
São Paulo: Companhia das Letras, 2013.


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