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sábado, 31 de janeiro de 2015

PATRICIA AMARAL DE OLIVEIRA



Aurora querida amiga titã, quão grande peça me pregastes hoje. 
Corri a teu encontro, queria ver-te mais uma vez surgir imponente. 
Me delicio com tua nobre e forte delicadeza. 
Me apressei, todavia fostes mais célere. 
Teus vestidos brancos já reluziam soberanos quando te encontrei. 
Feliz de mim que somos velhas amigas e tu me destes o prazer de sentar-me no escabelo de teus pés e apreciar tua beleza solene, galgando os céus em busca de teus quatro obedientes filhos.. 
Agradeço-te eterna amiga pela brisa suave que me enviastes, por meio de teus meninos., 
Amei.., 
E qual não foi minha surpresa quando por trás de mim ouvi nosso amigo querido Romeu recitando para sua amada Julieta: 
- É a voz da cotovia anunciando a aurora!
Vês? há um leve tremor pelo horizonte afora.
Das nuvens do levante abre-se o argênteo véu,
E apagam-se de todo as limpadas do céu.
Já sobre o cimo azul das serras nebulosas,
Hesitante, a manhã coroada de rosas
Agita os leves pés, e fica a palpitar
Sobre as asas de luz, como quem quer voar.
Olha! mais um momento, um rápido momento,
E o dia sorrirá por todo o firmamento!
Adeus! 
devo partir! 
partir para viver...
Ou ficar a teus pés para a teus pés morrer!

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