Seguidores

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

FRAGMENTO XXIV



Sempre andei pela fronteira

Do Bem e do Mal

Do Sagrado e do Profano

Do Certo e do Errado

Da Honestidade e da Hipocrisia

Da Verdade e da Mentira

E encontrei tantos que gostavam

Do primeiro lado ou do segundo 

e mesmo aqueles que gostavam dos dois lados.

Quem estava certo ?

Ainda não sei

Vou descobrir mais ao final da Vida

No momento faço a minha escolha,

e respeito a dos outros !

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SIMONE 43



Nas minhas saudades mais bonitas espero o seu carinho exagerado e louco.
Insano esse sentimento de sentir falta do que sequer conseguiu ser.
Eterna é a minha necessidade de viver o excesso dos sentimentos acabados, das memórias não vividas, dos carinhos que se perderam pelo caminho nem sempre justo da vida.
Percorro minha memória emocional, meus desalinhos sentimentais e não me encontro mais.
Quero me perder pra nunca mais me achar, viver recomeçando, remanejando e rearranjando meus desatinos.
E hoje, sempre hoje, quero me sentir humanamente frágil, pra poder sentir no seu colo o quanto posso ser amada.
Saudade de me ver nos seus olhos, que nem mais me pertencem. Saudade de me sentir em você. 
Saudade... muita saudade desses sentimentos todos a que só você consegue me remeter.

Haja tanta falta, aja !

terça-feira, 24 de novembro de 2015

GOETHE



Denn " ihr Mädchen bleibt am Ende doch die Betrognen ",

Sagte der Vater, wenn auch leichter die Mutter es nahm.

Und so bin ich denn auch am Ende betrogen ! Du zürnest

Nur zum Scheine mit mir, weil du zu fliehen gedenkst .

Goethe
Elegien I
Seite 310
Band I/II

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ELOISA VIEIRA



A geração da rapidinha chegou. Foto bonita no Facebook, entra na página, vasculha o perfil, descobre quem é pai-mãe-melhor amigo-cachorro-casa de praia-onde passou o último verão-e quem foi a última namorada. Adiciona como amigo. Aceitou. Manda Inbox. Respondeu. 10 frases e passa o WhatsApp. -Oi, oi; por aqui é bem melhor. -E aí, o que vai fazer no fds? -Vou na “dasa” e vc? -Também. -Então nos encontramos lá. Alguns dias de ansiedade e chega a hora. Será que ele vai? Com que roupa eu vou? Batom vermelho? Acho que não rola amiga. Vai de nude, salto e saia. -Oi, oi; prazer, prazer. Beijos!!!! Beijos… Beijos sem muita conversa. Mas também, porque beijos precisam ser quase imediatos? Daí rola aqueles olhares sem muita profundidade. Vontade sem muito entusiamo. Mas o que podemos esperar de uma relação tão sem “relação”? Mas está bom, melhor que nada. Vida de solteira anda meio difícil não é mesmo? -Deixa que eu te levo em casa então.

No outro dia de manhã tem WhatsApp. Quem manda primeiro? Quem está mais interessado? Não, quem é mais maduro. Um oi e um tchau. Uma noite, duas noites… Uma semana e uma mudança de lua são suficientes para acabar. A regra das relações rapidinhas segue a mesma constância: acho que não era para ser. É alto demais, é loiro, não trabalha, tem poucos seguidores, vive na balada, gosta de comer milho na frente dos outros e tem uma família meio torta. “Nada”, isso é o que significa as características que usamos para terminar alguma coisa que mal teve a chance de começar. A gente corta as asas de quem nem aprendeu a voar ainda. As pessoas perderam o olhar longo, a jogada de cabelo… Perderam a emoção de um sms escrito “estou com saudades”. Será que ninguém mais tem vontade de olhar as estrelas sem pensar em mais nada além daquele momento? Com aquela pessoa? Será que eu estou sozinha nesse mundo super lotado de pessoas sempre online?

Parece que nada mais tem graça, parece que tudo anda meio vazio. Tudo é tão igual. A gente está perdendo a sutileza de saber o que significa se entregar, merecer, conquistar, estar, viver… Se perceber e se doar. Se amar e admirar a cor dos olhos do outro. A textura do cabelo, os ossinhos da mão e o jeito de andar rápido quando está atrasado. Sabe aquela voltinha na coluna que ninguém tem igual a ninguém? Ninguém mais repara nela. A gente existe por likes. Viaja por comentários, e vai para academia pelo espelho. A legging mais confortável perdeu espaço para a mais bonita. Essa é a lógica das relações de hoje: o que faz bem foi deixado de lado pela triste beleza do que faz mal. Eu tenho medo de pensar onde isso vai parar. Em um mundo onde se compra casamentos, seguidores, silicones, bocas carnudas, eu fico pensando: será que um dia alguém ainda vai reparar quantos tipos de sorriso eu tenho?

sábado, 21 de novembro de 2015

BOOKS 7/2015



89.
W.A.Mozart
Don Giovanni
Italienisch & Deutsche
Reclam 

90.
Antologia di Scrittori Liguri e Sardi
Cura di Luigi Carluccio
Tallone Editore, 1971

91.
Antologia di Scrittori Calabresi
Cura di Mario Stefanile
Tallone Editore, 1975

92.
Artur Azevedo (1855-1908)
A Moça mais bonita do Rio de Janeiro e outros contos de A. A.
Ilustrações de Ciro Fernandes
Exemplar 390
Primavera 2014
Confraria dos Bibliófilos do Brasil

93.
Gabriel García Márquez
O Aroma da Goiaba
Publicações Dom Quixote

94.
Murilo Moreira Veras
Mar de Tantas Vozes e Poemas
Bureau Editorial

95.
Arwed D. Gorella
Malerei und Graphik
(1937-2002)
Werke  aus einer
Berliner Privatsammlung

96.
Pepetela
Crônicas Maldispostas
Publicações Dom Quixote



97.
José J. Veiga (1915-1999)
A Hora dos Ruminantes
Primavera 2015
Confraria dos Bibliófilos do Brasil

98.
Coralie Bickford-Smith
The Fox and the Star
Penguin Random House Publisher

99.
Jeanne-Marie Leprince de Beaumont
Mit Bildern von Gabriel Pacheco
Die Schöne und das Biest
Bohem Verlag

100.
José Carlos Gentili
À Infernização do Hífen
Editora Kelps

101.
Antonio Tabucchi
Isabella e l'ombra
Vittoria Iguazu Editora


102.
Martin Gayford
A Bigger Message
Conversations with David Hockney
Thames & Hudson Publisher



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Maninha Noel



Fazer 45 anos !!!!
Hoje acordei diferente , 
percebi que eu estava diferente ao ver as pessoas que eu amo de outro angulo .
Percebi que hajo com meus pais como se eu fosse a mãe!
Percebi que aos 15 me achava magrela e feia mas que nada ...ai que saudade da pele de pessego sem nenhuma mancha. Aos 25 me achava super madura e a destemida mãe de 2 meninas, mas que nada ...acho que foi quanto tive mais medo da vida.

Aos 35 meu primeiro problema de saude sério, e eu passava por isso como se não fosse nada, não me permitia vacilar , tinha muito a conquistar ainda... 

Aos 45 me sinto como se agora eu relaxasse , pudesse pensar em mim , dever cumprido , familia criada, vida recompensada. Não sei se fiz certo tudo que a vida me proporcionava , mas uma certeza eu tenho de que tudo que fiz não me arrependo !
Parece que já foi muito ? 
Nao sinto assim !
Sinto que tenho energia de sobra , 
que agora só quero tudo que me agrada. 
Quero ser mais feliz , mais ativa , 
mais prestativa e mais amada.
Espero agora os 55 orgulhosa de tudo feito 
curiosa do que me espera ! 
Obrigada Deus por me permitir fazer 45 anos!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

SIMONE 42



Deus, saudade desse sentimento que devora sem matar,
Que arrebenta o coração sem despedaçar, que arrebata a alma, o corpo e ainda assim nos deixa tão inteiros, cheios de graça e luz.
Quem tem alma intensa necessita exercitar o amar! 
Amar o todo, o incompleto, o absoluto, o relativo! 
Amar e se deixar amar!
Deus, pra que tanto amor se não há lugar pra amar?

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

SIMONE 41



Há uma estupidez deliberada no amor. 
Queremos nos fartar desse sentimento até que sejamos totalmente esgotados por ele.
Há um torpor viciante no amor que nos consome e some em meio à loucura de amar.
Há uma necessidade visceral de amar, de ser tocado pelo intangível sentimento de ter tudo e não ser nada além do outro.
Há uma loucura em amar, seja qual for o objeto desejado.
Eu desejo essa estupidez viciante e necessária, que me faz louca pela vida, em que me vejo no outro, mais do que em mim mesma.
Não somos capazes de nenhum crescimento sem passar pelo amor, pela dor do desamor, pelo descaminho de amar incondicionalmente, além de nosso próprio amor.
É assim, nesse desproporcional sentimento que nos humanizamos, que nos tornamos pessoas essencialmente inteiras! 
Porque amamos o outro? Porque ele é meu espelho.
Então, que eu ame até não mais respirar...

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MARIA LAIS FETT





Vida


Estamos nós por aí,

ou, o que resta de nós.

Pedaços de gente,

fragmentos de almas.

Buscamos caminhos, contidos,

escondidos, estreitos, velados.

Distância infinita, 

busca restrita.

Eu, por aí estou,

ou o que resta de mim.

Pedaço de gente, 

alma fragmentada,

buscando uma estrada.

Longe de ti, 

longe de nós,

verei os azuis, 

respirarei os jasmins,

tentando viver,

mais perto de mim.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

FRAGMENTO XXIII




O mundo evoluiu muito rápido
Assim afirmava Marcel, o motorista de táxi que em 50 anos tinha conhecido apenas três homônimos seus
Um jogador de futebol que já tinha falecido, 

o dono dos Pastéis famosos que ficava na esquina 
aquele gerente do banco que não liberou o empréstimo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

terça-feira, 10 de novembro de 2015

PLANETA FELICIDADE

Se repararmos bem a Felicidade vem sempre acompanhada de uma incógnita, uns podem achar que a dúvida visualmente seja um satélite, ou quem sabe a dúvida seja um Planeta...
Existem dúvidas e certezas...
Uns gostam de olhar para os Planetas, outros para os satélites...
Uns aumentam os satélites, outros diminuem os Planetas...
E assim vamos orbitando uns nas Vidas dos outros...
Outros nas Vidas da gente...
O que importa nos finalmentes...
é sermos Felizes ...

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O Medo à Liberdade e a Alma Humana ● Leandro Karnal [HD]

OURO PRETO



Para quem ainda não foi, cidade obrigatória dentro das dez mais do Brasil.
Conheci Ouro Preto pegando um onibus Rio/Ouro Preto, tinha 16, 17 anos
e naquele momento parecia que eu realizaria uma viagem ao passado.
Eu que queria viajar no tempo conforme me ensinara H.G. Wells com sua "Time Machine" que Monteiro Lobato nos brindou com uma tradução belíssima chamando de "Maquina do Tempo".
Chegar na Rodoviária e já descer para o primeiro contato com a Praça Tiradentes que´passa a ter este nome em 1894, antes conhecida como Praça da Independência.
Nesse momento é importante respirar aquele Ar de Independência que os nossos antepassados sabiam transmitir a todos os cidadãos.
Atualmente os possíveis exemplos estão escondidos em algum canto, talvez com medo de uma Segunda Inconfidência, ou mesmo o receio de um enforcamento em Praça Pública.
Porem os dominadores de Plantão não precisam mais da Praça Pública, nos sufocam via satélite dentro de nossas próprias casas, e detalhe, nós é que pagamos a conta !
Voltando a Ouro Preto eu que tenho mais vocação para turista do que para Historiador, sugiro uma visita ao site oficial da Prefeitura. Lembro apenas que Ouro Preto é Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1980.
http://www.ouropreto.org.br/

domingo, 8 de novembro de 2015

FOGUEIRAS !!!






Brincar com fogo sempre foi a diversão dos meninos !
Chegar perto...
Sentir o calor...
E depois sair correndo...
Olhar de longe...
Admirar as labaredas..
Ouvir os estalos...
E aproximar de novo.
Com mais cuidado
Com menos cuidado..
Aproveitar pois com o tempo o fogo se transforma em cinzas...
E aí só no próximo ano..
E lá vamos nós para mais um ano !!!
A fogueira é para todos...
O fogo para poucos !!!
Assim vamos caminhar...
Entre a fogueira e o fogo !!
Entre a faísca e o incêndio !!
Entre o banho de água fria e
 a banheira de água quente !!!



Entre a surpresa e o surpreendente !!!
 




sexta-feira, 6 de novembro de 2015

PEDALANDO...


Vanessa Van Gogh
pintava e 
pedalava ...
pedalava mais que pintava...
Família de pintores é assim..
enquanto um pinta...
outro pedala...
Vai nessa Van Gogh !!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

GERARDO MELLO MOURÃO (1917-2007) Português & Francês




INVENÇÃO DO MAR (1/...)

Ai flores do verde pinho
ai pinhos da verde rama
coroado das flores do verde pinho
eu não quero este mar - eu quero o outro :

INVENTION DE LA MER (1/...)

Vous fleurs du pin verdoyant 
vous pins au rameau vert
couronné des fleurs du pin  verdoyant
ce n'est pas cette mer que je veux - mais l'autre :

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

OURO EM MARTE - CONFIDENTIAL



Ouro em Marte

Era segredo, mas ...

Colombo, o Hacker enviou para diversas publicações midiáticas a notícia :
Acharam Ouro em Marte, 

e querem esconder aqui na Terra 
(a idéia era transportar, vender,
fazer caixa para outras extrações minerais).

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Carla Meinecke


Carla Meinecke: a irracionalidade anda sobre rodas

No trânsito, enfrentamos todos os dias as diferenças culturais entre as cidades brasileiras e as outras, mundo afora. Lá fora, existem pessoas e carros, como aqui. Lá fora os cidadãos são obrigados a cumprir as leis, dirigem com prudência, respeitam os pedestres e os limites de velocidade. Lá fora, os carros foram enquadrados, depois de também terem tomado a paisagem urbana — nada de carros sobre os passeios, praças, canteiros. No Brasil, os acidentes de trânsito matam 50 mil pessoas por ano. Lá fora, um décimo deste número.

A pergunta que me faço todos os dias, a caminho do trabalho, é: qual a origem da insanidade dessas poucas pessoas, em atitudes absurdas contra a prudência, contra os limites de velocidade e contra as medidas para, de fato, garantir a velocidade de segurança nas ruas? É essa minoria que grita sua ira pelas redes, pela mídia, que ataca a fiscalização necessária, distorcendo-a para fúria arrecadatória. A fúria real, a que faz vítimas, é a que está atrás de alguns volantes. Se a EPTC instala radares ou câmeras para garantir a segurança e multar os que violam as leis, é apontada por alimentar uma imaginária indústria da multa. Quando um radar é destruído, comemora-se com alarde. A notícia é sempre generosa com os infratores.

Que comportamento irracional é esse de motoristas dirigindo a mais de 70 km/h em ruas locais, onde crianças brincam, correm, onde pessoas convivem? Que comportamento irracional é esse e quem pode explicar o aumento de acidentes com feridos em cruzamentos com sinaleiras? São centenas, e aumentando ano após ano. Quem pode se dar o direito de furar o sinal, colocando em risco a vida de outros, além da sua própria?

Na verdade, a reflexão tem que ser outra. Ninguém pode ficar cego ao que acontece ao seu lado, ninguém pode se omitir quando o limite do razoável é extrapolado. A nossa atitude, na Engenharia de Tráfego, é dar voz e ação aos milhares de anônimos que nos pedem todos os dias para que as leis sejam respeitadas, aos que querem uma cidade mais humana, mais amigável, com trânsito mais seguro e com menos vítimas nas estatísticas.

Ao longo de mais de 15 anos, com o foco maior do nosso trabalho na segurança viária, temos hoje, em Porto Alegre, 186 faixas monitoradas por radar, 316 lombadas físicas implantadas (quebra-molas) e 56 redutores, todos com estudos técnicos e protegendo áreas escolares, hospitais e núcleos comerciais de bairros. Os acidentes fatais já reduziram muito (quase 20% em 10 anos), mas não no patamar necessário para uma cidade igualitária e que prioriza o bem-estar coletivo. A engenharia planeja, sinaliza, avalia, impõe limites de velocidade, mas muitas vezes ainda é derrotada pela imprudência dos motoristas, pelo seu descaso e comportamento irracional. Este é o jogo que precisamos virar: a lógica de segurança viária precisa do comprometimento real de nosso 1,52 milhão de pessoas.

Leia outros textos de Opinião



Von meinem iPhone gesendet

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FEDERICO GARCÍA LORCA




Hospicio


Y las estrellas pobres,
las que no tienen luz,

¡ qué dolor,
qué dolor,
qué pena !

están abandonadas
sobre un azul borroso.

¡ Qué dolor,
qué dolor,
qué pena !

Page 68
Federico García Lorca
Selected Poems
Penguin Books