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quarta-feira, 18 de maio de 2016

SIMONE 44


E eu que gostava tanto de presença me encontro agora digerindo ausências, descobrindo os abandonos dos sentimentos bons. 
Furto sorrisos soltos e esquecidos nos cantos de diversas bocas solitárias por aí. 
Compulsivamente busco o ritmo compassado das batidas cardíacas de corações cansados. 
Flerto com o efêmero, furto restos de sentimentos descartados por quem já não acredita nas paixões. 
Deixei de ser par, sem aprender a ser ímpar. 
Perdi a noção de ser única e, esse aprendizado eu deixo para o tempo que sempre me fez ver o que os olhos não enxergam e o que não percebe o coração. 
E o que importa? 
Eu me bastar, sem tempo.

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