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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UMBERTO ECO- SOBRE OS INSULARES (2/5)


Numa ilha buscam o paraíso perdido (sem encontra-lo ) os amotinados do Bounty, numa ilha vive o capitão Nemo de Verne, numa ilha jazem tanto o tesouro de Stevenson quanto o do Conde de Monte Cristo, e assim por diante, até chegarmos as ilhas das utopias negativas, desde os monstros do Doutor Moreau ate a ilha do Doutor No, a qual aporta James Bond.
Por que o fascínio das insulas ? Não tanto porque são um lugar como diz a própria palavra, é isolado do resto do mundo. Lugares separados do convívio civil foram encontrados em intermináveis terras firmes por Marco Pólo ou Giovanni Pian Del Carpine. É porque, antes do século XVIII, quando foi possível determinar as longitudes, podia-se achar uma ilha por acaso e, a semelhança de Ulisses, ate fugir dela, mas não havia como reencontra-la. Desde os tempos de São Brandano ( e até Gozzano), uma ilha sempre foi uma Insula Perdita.

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