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quarta-feira, 2 de abril de 2014

GIACOMO LEOPARDI (1798-1837)







L'infinito




Sempre caro mi fu quest'ermo colle 
E questa siepe che da tanta parte 
De'll ultimo orrizonte il guarde esclude. 
Ma sedendo e mirando interminati 
Spazi di là da quella, e sovrumani 
Silenzi, e profondissima quiete, 
Io nel pensier mi fingo, ove per poco 
Il cor non si spaura. E come il vento 
Odo stormir tra queste piante, io quello 
Infinito silenzio a questa voce 
Vo comparando; e mi sovvien l'eterno, 
E le morte stagioni, e la presente 
E viva, e'l suon di lei. Così tra questa 
Immensità s'annega il pensier mio: 
E'l naufragar m'è dolce in questo mare.









IN ENGLISH :



Always dear to me was this lonely hill,


And this hedge, which from so much part

Of the ultimate horizon the view excludes.
But sitting and gazing, boundless
Spaces beyond that, and more than human
Silences and profoundest quiet
I in thoughts pretend to myself, where almost
The heart is overwhelmed. And as the wind
I hear rustle through these plants, I such
Infinite silence to this voice
Go on comparing: and come to mind the eternal
And the dead seasons, and the present
And the living, and the sound of it. So through this
Immensity is drowned my thoughts:
And being shipwrecked is sweet to me in this sea.












O Infinito 

Sempre cara me foi esta colina
Erma, e esta sebe, que de tanta parte
Do último horizonte, o olhar exclui.
Mas sentado a mirar, intermináveis
Espaços além dela, e sobre-humanos
Silêncios, e uma calma profundíssima
Eu crio em pensamentos, onde por pouco
Não treme o coração. E como o vento
Ouço fremir entre essas folhas, eu
O infinito silêncio àquela voz
Vou comparando, e vêm-me a eternidade
E as mortas estações, e esta, presente
E viva, e o seu ruído. Em meio a essa
Imensidão meu pensamento imerge
E é doce o naufragar-me nesse mar.


5 comentários:

  1. Respostas
    1. Ingrid,
      esta na edição completa do Leopardi pela Editora Nova Aguilar.
      Não estou com o meu livro agora.
      Apenas tenho a informação, te responderei.
      Abraço

      Excluir
    2. Ah sim, obrigada pela informação.

      Excluir
    3. Ingrid,
      DESCOBRI NA INTERNET UMA TRADUÇÃO FEITA POR
      Maurício Santana Dias...
      segue abaixo...

      “O INFINITO

      Sempre caro me foi este ermo monte
      E esta sebe, que de tanta parte
      Do último horizonte exclui o olhar.
      Mas sentando e mirando intermináveis
      Espaços além desta e sobre-humanos
      Silêncios de mais profunda quietude
      Eu no pensar me finjo; onde por pouco
      O coração não treme. E como ouço
      Zunir o vento pelas plantas, eu
      O infinito silêncio a essa voz
      Vou comparando: e sobrevém o eterno
      E as estações mortas e esta presente
      E viva, e o seu soar. E assim entre esta
      Imensidão se afoga o pensamento;
      E o naufragar me é doce nesse mar.”

      espero que gostes..
      abs

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  2. БЕСКОНЕЧНОСТЬ



    Всегда был мил мне этот холм пустынный
    И изгородь, отнявшая у взгляда
    Большую часть по краю горизонта.
    Но, сидя здесь и глядя вдаль, пространства
    Бескрайние за ними, и молчанье
    Неведомое, и покой глубокий
    Я представляю в мыслях; оттого
    Почти в испуге сердце. И когда
    Услышу ветерка в деревьях шелест,
    Я с этим шумом сравниваю то
    Молчанье бесконечное: и вечность,
    И умершие года времена,
    И нынешнее, звучное, живое,
    Приходят мне на ум. И среди этой
    Безмерности все мысли исчезают,
    И сладостно тонуть мне в этом море.

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