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domingo, 6 de dezembro de 2009

JOHN STEINBECK (3/4)

Meus três tinham essas coisas em comum: todos amavam o que faziam. Não falavam - catalisavam um desejo ardente de saber. Sob sua influência, os horizontes se abriam, o medo sumia, o desconhecido tornava-se passível de conhecer. Mas o mais importante é que a verdade, aquele troço perigoso, ficava bela e preciosíssima.
Vou falar apenas de minha primeira professora porque, além de outras coisas, ela trouxe a descoberta.
Ela nos estimulou em discussões gritadas, de sacudir livros. Tinha a turma mais barulhenta da escola e nem parecia notar. Nunca podíamos nos prender ao assunto, geometria ou recitação cantada dos filos decorados. Nossa especulação abarcava o mundo. Ela instigava curiosidade em nós para que trouxéssemos os fatos ou verdades abrigados em nossas mãos, como vaga-lumes capturados.

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