AS CARTAS (3/4)
Há cartas vermelhas que arden nos dedos,
beijos, soluços que a paixão modelou.
( Lembra-se ? Corpos de sal que a lembrança marinha
gravou no álbum de férias sempre alheias …. )
E há as de adeus, as frias e mutiladas,
as que se lêem depressa nas estações,
as que se rememoram à névoa das madrugadas,
as que são finas e doem a vida inteira,
as que são pardas e falam com lábios molhados,
as que um dia são descobertas de repente,
amarelas, murchas da palavra não compreendida.
10 dez de 2013
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