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segunda-feira, 30 de março de 2015

SIMONE


De todas as formas de viver e conviver, 
buscamos sempre aquela que nos dá mais prazer. 
Entretanto este prazer é volátil demais. 
E então ficamos com a impressão sempre errada, 
pra não dizer indefinida, 
que estamos em estado de eterna insatisfação. 
Desejamos o que sequer entendemos, 
procuramos pelo que nunca perdemos, 
e nos encontramos novamente perdidos nessa necessidade 
de encontrarmos o prazer incomensurável do convívio necessário, 
para vivermos plenamente o que somos.
Nesse caminho de encontros e desencontros, 
nos aproximamos de nos mesmos, 
e sempre, ao final nos percebemos diferentes do que fomos, 
melhores do que nos propusermos ser, mas ainda, insatisfeitos. 
Provavelmente, é essa insatisfação, que nos remete à vida. 
Hoje me encontro aparando arestas, remendando esforços, 
revivendo escolhas e acima de tudo, 
aprendendo a ser inteiramente controversa. 
Quero todos os momentos e momento algum, 
penso todas as escolhas e caminho algum. 
Posso e quero, mas ao lançar-me nos caminhos que escolho, 
retrocedo e recolho em mim toda a necessidade 
que tenho de sentir-me assim... completamente controversa.

2 comentários:

  1. Sentimentos líquidos, resultados de relações não menos líquidas... pensamento bem ao modo de Sygmunt Bauman...
    Belo texto!
    Abraço

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