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segunda-feira, 1 de junho de 2015

SIMONE 35



Nem sei mais em que tempo 
meus olhos deram de esquecer você, 
nem quando meus ouvidos 
fecharam-se ás suas palavras, 
ou minhas mãos perderam o calor de sua pele.
Hoje não mais resisto ao desistir: 
de sentir, de querer ouvir 
e de visualizar sua alma.
Há tempos nos mudamos de nós dois.
Há tempos que o tempo deixou de existir.
Hoje quebrei o invólucro da solidão, 
sucateei meus sentimentos tempo demais.
E desisti, de nós, 
antes que só restasse 
a insensatez do sentimento cômodo da solidão acompanhada.
É necessária uma certa dose de loucura 
pra despertar alguma sensatez.
E hoje me perdôo, e, 
despida do sentimento de culpa, 
liberto nós dois das amarras que construímos 
achando que eram laços.
Jogo a toalha, desisto pra existir.

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