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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

GONÇALO IVO 1/6

Tenho insistido no processo de conhecimento desse artista arteiro artesão...
Nessa semana publico partes da entrevista concedida a Luciano Trigo.



Nascido em 1958 no Rio de Janeiro, filho do poeta Lêdo Ivo e da professora Maria Leda, desde a infância Gonçalo Ivo visitou com assiduidade ateliês de artistas como Abelardo Zaluar, Augusto Rodrigues, Emeric Marcier e Iberê Camargo. Em 1976 frequentou cursos de pintura, com Sérgio Campos Mello, e de desenho, com Aloísio Carvão, no Museu de Arte Moderna. Formando-se em Arquitetura em 1983, trabalhou como ilustrador e programador visual para editoras de livros, no Brasil e nos Estados Unidos. No ano seguinte, participou da antológica exposição “Como vai você, Geração 80?”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e em 1985 montou um ateliê no bairro de Santa Teresa. Em 1988 instalou um novo ateliê, em Teresópolis. Desde então expôs sua obra em diversas galerias no Brasil e no exterior. Em 2000, dando continuidade à sua carreira internacional, radicou-se em Paris com sua família, alternando desde então períodos de trabalho na França e no Brasil. Em 2008, foi lançado o livro Gonçalo Ivo (Edições Pinakotheke, 400 pgs. R$140), com organização de Max Perlingeiro e texto de Fernando Cocchiarele, apresentando uma súmula da trajetória do artista. Esta conversa com Gonçalo Ivo inaugura uma série de entrevistas com artistas plásticos brasileiros.
- Francis Bacon falava de uma combinação entre intenção e surpresa em cada quadro que pintava. Qual é a participação do acaso na sua atividade artística, se é que existe alguma? Fale sobre seu processo criativo.
GONÇALO IVO – Não conheço obra sem acaso. Ele é parte constitutiva assim como tudo que penso. Meu trabalho como artista é essencialmente, no que tange a execução, um trabalho de ateliê. Sempre disse que a intuição é parte preponderante naquilo que produzo plasticamente. Se você me perguntar o que é intuição, talvez não consiga responder, pois arte para mim tem que ser um terreno sempre novo, sempre viçoso.

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