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sábado, 20 de agosto de 2011

BATISTA CEPELOS (1872-1915)

A ESPERA 


Com sua voz assustadiça e doce
Doce como um trinar de passarinho,
Ela me disse que espera-la fosse.
Fosse espera-la a beira do caminho.




Mas o tempo da espera prolongou-se
Prolongou-se demais ! E eu tao sozinho !
Passou o dia. Veio a tarde e trouxe,
Trouxe marulhos de amor, de ninho em ninho.




Desespero. O silencio me tortura.


Mas, de repente, alvoroçado, escuto

Um farfalhar de folhas na espessura.





E ela chega e tão linda, de maneira


Que, só para gozar este minuto,


Eu a esperara a minha vida inteira ! "

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