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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

OLAVO BILAC !!!




Como a floresta secular, sombria, 
Virgem do passo humano e do machado, 
Onde apenas, horrendo, ecoa o brado 
Do tigre, e cuja agreste ramaria
Não atravessa nunca a luz do dia, 
Assim também, da luz do amor privado, 
Tinhas o coração ermo e fechado, 
Como a floresta secular, sombria...

Hoje, entre os ramos, a canção sonora 
Soltam festivamente os passarinhos. 
Tinge o cimo das árvores a aurora...

Palpitam flores, estremecem ninhos... 
E o sol do amor, que não entrava outrora, 
Entra dourando a areia dos caminhos.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000252.pdf

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